O visitante paulistano tem até o dia 14 de dezembro para conferir no Pavilhão da Bienal, no Portão 10 do Parque do Ibirapuera, a exposição Einstein. Trazida ao Brasil pelo Instituto Sangari e dirigida para o público a partir de sete anos, a mostra revela o homem por trás da ciência e apresenta suas teorias de maneira prática e instigante, frustrações e conquistas do gênio da ciência.
A iniciativa é em parceria com o American Museum of Natural History de Nova York. Mistura obras de arte de renomados artistas nacionais com objetos pessoais, fotos, de cartas e manuscritos. O visitante faz um trajeto em instalações interativas e ao longo do roteiro, é apresentado às teorias e explicações de fenômenos ligados à Física, Química, Matemática, Óptica, Física Quântica, Cinemática.
Mais de 2 milhões de espectadores já conferiram a exposição, que esteve em Nova York, Chicago, Los Angeles, Jerusalém, Ottawa e Istambul. No Brasil a mostra foi adaptada, cresceu em tamanho com as seções “Átomos” e “Einstein no Brasil” e recebeu novos recursos audiovisuais.
Repercussão
Rômulo Augusto Ando de 27 anos, doutorando da USP, aprovou a exposição. “Até terminar, esta exposição é um passeio obrigatório em São Paulo. Preserva o legado cultural e intelectual do cientista e de um ser humano cujas idéias e valores permanecerão inesgotáveis”, Comenta Rômulo.
O casal Fernando Rosenberg 63, e Clarice Dora Gandelman 62 anos vieram do Rio de Janeiro exclusivamente para conferir a exposição. E não se arrependeram do que encontraram. Na opinião deles, é um privilégio poder saber mais sobre parte da vida do cientista.
Apelo educativo
Escolas e grupos podem agendar visitas e ter acompanhamento de monitores especializados. O roteiro inclui atividades no Laboratório do Aprendizado da exposição. Para os professores, há um curso gratuito em que são ensinadas informações teóricas e práticas para o trabalho em sala de aula.
A mostra Einstein revela o ser humano por trás da ciência e demonstra e proximidade de suas teorias com o cotidiano das pessoas. Revela também, a preocupação de um gênio humanista que usou sua fama para condenar o racismo e o uso militar da energia nuclear.
O visitante refaz os passos de Einstein desde sua infância e juventude. Vê boletins escolares, cartas de amor e documentos ligados ao seu primeiro emprego, como funcionário de um órgão de patentes na Alemanha do início do século passado.
A primeira grande contribuição do cientista foi a comprovação dos campos fotoelétricos. Uma novidade que despertou o interesse da comunidade científica internacional ao suprimir antigas verdades. Um passo primordial para a formulação da Teoria da Relatividade.
Uma seção especial apresenta invenções como o interferômetro e a Teia de Luz. E esta instalação desafia o visitante a percorrer uma sala com diversos feixes de luz nas paredes. E tentar sair sem ser detectado.
À frente de seu tempo, desafiava o senso comum. Com lápis e papel, mergulhava em exercícios abstratos para questionar antigas teses, como a da gravitação universal dos corpos proposta por Isaac Newton. E revelou, para espanto de todos, a possibilidade teórica de se construir uma máquina do tempo capaz de permitir às pessoas viajar para o futuro.
Gênio multidisciplinar
Suas idéias motivaram o início do estudo da física quântica. E os estudos com as propriedades da matéria em baixas temperaturas e a emissão estimulada de luz, originaram inovações como os raios laser e o sistemas de navegação por satélite (GPS).
Outro destaque e a famosa fórmula de Einstein, que confirma que energia e massa estão intimamente conectadas ajudou a entender os diversos fenômenos - desde o sol até a bomba atômica. Os manuscritos expostos revelam o caminho percorrido pelo cientista até concluir a sua teoria. A interatividade explica os termos de “E=mc2”, a equação da Teoria da Relatividade de forma didática e acessível.
Einstein usou seu prestígio a favor das grandes discussões políticas e sociais da época: contra segregação, anti-semitismo e defendendo os direitos humanos. Com princípios pacifistas, anteviu os perigos possíveis da utilização da física nuclear. E por meio de uma carta, alertou o presidente dos EUA sobre o possível desenvolvimento de um artefato nuclear pela Alemanha Nazista. Uma última curiosidade: após sua morte em 1955, seu cérebro foi congelado para estudos. Por quê?
Apoio
A Mostra Einstein é uma realização do Instituto Sangari. E tem apoio do Museu de Astronomia e Ciências Afins, Jardim Botânico (RJ), Dimep, Hospital Israelita Albert Einstein e Universidade Hebraica de Jerusalém.
SERVIÇO:
Data - até 14/12
Local - Pavilhão da Bienal, portão 10, Parque do Ibirapuera
Horários - De terça a sexta das 9 horas às 21 horas. Sábados, domingos e feriados das 10 horas às 21 horas.
Ingressos - R$15 (inteira) e R$ 7 (estudantes e professores).
A visita monitorada custa R$ 10 por aluno. É grátis para o professor acompanhante, visitante menor de 7 anos e maior de 60 e grupos de escolas públicas. Requer agendamento pelo telefone (11) 3468-7400, de segunda a sexta, das 8 horas às 18 horas.
Data - até 14/12
Local - Pavilhão da Bienal, portão 10, Parque do Ibirapuera
Horários - De terça a sexta das 9 horas às 21 horas. Sábados, domingos e feriados das 10 horas às 21 horas.
Ingressos - R$15 (inteira) e R$ 7 (estudantes e professores).
A visita monitorada custa R$ 10 por aluno. É grátis para o professor acompanhante, visitante menor de 7 anos e maior de 60 e grupos de escolas públicas. Requer agendamento pelo telefone (11) 3468-7400, de segunda a sexta, das 8 horas às 18 horas.
Por Anderson Moriel Mattos
Crédito Fotos: Genivaldo Carvalho
Reportagem publicada originalmente no site http://www.sintoniasp.com/index.php?acao=tur&id=100 do dia 09/10/2008.
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